Galileu Galilei

Galileu Galilei

Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei) (Pisa, 15 de fevereiro de 1564 — Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano que teve um papel preponderante na chamada revolução científica.

Galileu era o filho mais velho do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-ducado da Toscana.

Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".


Estudos em Pisa

Chegou a ser destinado à carreira religiosa, mas o seu pai queria que fosse médico e por isso inscreveu-o na Universidade de Pisa. No entanto desistiu de estudar medicina e decidiu estudar matemática. Foi nessa época que inventou a balança hidrostática, cujo mecanismo descreveu no breve tratado "La bilancetta", publicado em 1644. Durante o curso de medicina descobriu o isocronismo do pêndulo, determinando que o seu período não depende da massa, mas apenas do comprimento do fio. Foi o primeiro a pensar que este fenómeno permitiria fazer relógios muito mais precisos, e já no final da sua vida viria a trabalhar no mecanismo de escapo que mais tarde originaria o relógio de pêndulo.
Não chega a terminar os estudos e decide voltar a Florença onde dá aulas particulares para sobreviver e continua os seus estudos de matemática, mecânica e hidrostática.
Em 1588, com o apoio de Guidobaldo del Monte, matemático e admirador da sua obra, Galileu foi nomeado para a cátedra de matemática na Universidade de Pisa. Também em Pisa realizou as suas famosas experiências de queda de corpos em planos inclinados. Nestas demonstra que a velocidade de queda não depende do peso. Em 1590, publicou o pequeno tratado "De motu", sobre o movimento dos corpos. Com suas experiências de movimento de bolas em planos inclinados aproximou-se do que seria mais tarde conhecido como a primeira lei de Newton. Suas descobertas sobre o movimento tiveram significado especial pela abordagem matemática usada para analisá-las. A abordagem matemática se tornaria a marca registrada da física dos séculos XVII e XVIII e por esta razão Galileu seria chamado o "pai da física matemática".


Os anos em Pádua

Em 1592, ainda devido à influência de Guidobaldo del Monte, conseguiu a cátedra de matemática na Universidade de Pádua, onde passou os 18 anos seguintes, "os mais felizes da sua vida". Nesta universidade ensinou geometria, mecânica e astronomia. Em Pádua, descobriu as leis do movimento parabólico.
O telescópio
Em 1609, teve conhecimento de um telescópio que foi oferecido por alto preço ao doge de Veneza. Ao saber que o instrumento era composto de duas lentes em um tubo, Galileu logo construiu um capaz de aumentar três vezes o tamanho aparente de um objeto, depois outro de dez vezes e, por fim, um capaz de aumentar 30 vezes.
Galileu não inventou o telescópio, cujo pedido de patente foi feito em 1608, por Hans Lippershey, fabricante de óculos de Middleburg, nos Países Baixos, embora o termo "telescópio" tenha sido inventado na Itália em 1611.
Porém Galileu foi o primeiro a fazer uso científico do telescópio, ao fazer observações astronómicas com ele. Descobriu assim que a Via Láctea é composta de miríades de estrelas (e não era uma "emanação" como se pensava até essa época), descobriu ainda os satélites de Júpiter, as montanhas e crateras da Lua. Todas essas descobertas foram feitas em março de 1610 e comunicadas ao mundo no livro Sidereus Nuncius ("O Mensageiro das Estrelas") em março do mesmo ano em Veneza. A observação dos satélites de Júpiter, levaram-no a defender o sistema heliocêntrico de Copérnico.









Reconhecimento público e primeiros problemas com a Inquisição

O eco das descobertas astronómicas de Galileu foi imediato, devido à publicação do Sidereus Nuncius foi nomeado matemático e filósofo grã-ducal, sem obrigação de ensinar. Entretanto observa as manchas solares e os anéis de Saturno, que confunde com dois satélites devido à baixa resolução do seu telescópio. Observa ainda as fases de Vénus, que utiliza como uma prova mais do sistema heliocêntrico. Abandonou então Pádua e foi viver em Florença.


Em Florença

A publicação do Sidereus Nuncius suscitou reconhecimento mas também diversas polêmicas. Com a acusação de haver se apossado, com o telescópio, de uma descoberta que não lhe pertencia, foram postas em dúvida também a realidade de suas descobertas. O aristotélico Cremonini recusou-se olhar pelo telescópio enquanto o matemático bolonhês Antonio Magini - que seria o inspirador do libelo antigalileiano Brevissima peregrinatio contra Nuncium Sidereum escrito por Martin Hotky - sem negar a utilidade do instrumento, sustentou a inexistência das descobertas e Galileu em pessoa, de início, buscou inutilmente dissuadi-lo.
Mais tarde, Magini mudou de ideia e com ele também o astrônomo vaticano Christoph Clavius, que inicialmente havia afirmado que as descobertas eram somente ilusões de ótica das lentes. Era, esta última, uma objeção na época não facilmente refutável, dado que as lentes podiam aumentar a visão mas também deformá-la. Um apoio muito importante foi dado a Galileu por Kepler, que verificou a existência efetiva dos satélites de Júpiter, publicando em Francoforte em 1611 "Narratio de observatis a se quattuor Jovis satellibus erronibus".

Já que os matemáticos do "Colégio Romano" eram considerados as maiores autoridades daquele tempo, em 29 de março de 1611, Galileo foi a Roma para apresentar as suas descobertas: foi recebido com todas as honras pelo próprio papa Paulo V, pelos cardeais Francesco Maria Del Monte e Maffeo Barberini e pelo príncipe Federico Cesi, que o inscreveu na Accademia dei Lincei, por ele mesmo fundada havia oito anos. Em 1° de abril, Galileu escreveu ao secretário ducal Belisario Vinta que os jesuítas "tendo finalmente conhecido a verdade dos novos planetas, estão há dois meses em contínuas observações, as quais prosseguem; e as temos comparado com as minhas, e seus resultados correspondem".
Galileu não sabia porém que em 19 de abril o cardeal Roberto Bellarmino havia encarregado os matemáticos vaticanos de aprontar-lhe uma relação sobre novas descobertas feitas por "um valente matemático por meio de um instrumento chamado canhão ou melhor óculos" e que a Congregação do Santo Ofício, no dia 16 de maio, havia decidido questionar sobre as relações existentes entre Galileu e o filósofo Cesare Cremonini, há tempos suspeito de heresia pela inquisição de Pádua. Evidentemente, na Igreja estavam bem presentes as consequências que "poderiam ter estes singulares desenvolvimentos da ciência sobre a concepção geral do mundo e assim, indiretamente, sobre os sacros princípios da teologia tradicional».

Em 1612, Galileu escreveu o "Discurso sobre as coisas que estão sobre a água, ou que nela se movem" - no qual apoiando-se na teoria de Arquimedes demonstrava, contra a teoria de Aristóteles, que os corpos flutuavam ou afundavam na água segundo seu peso específico não sua forma - provocando a polêmica resposta do "Discurso apologético sobre o Discurso de Galileu Galilei" do literato e aristotélico fiorentino Ludovico delle Colombe. Em 2 de outubro, no Palácio Pitti, presente o grão-duque e a gran-duquesa Cristina, e o cardeal Maffeo Barberini, então seu grande admirador, deu uma pública demonstração experimental do assunto, negando definitivamente as ideias de Colombe.
No seu "Discurso" Galileu acenava também às manchas solares, que ele sustentava já haver observado em Pádua em 1610, sem porém relatá-las: escreveu então, no ano seguinte, a "'História e demonstração sobre as manchas solares e seus acidentes'", publicada em Roma pela Accademia dei Lincei, em resposta a três cartas do jesuíta Christoph Scheiner que, endereçadas no final de 1611 a Mark Welser, anunciavam a sua descoberta das manchas solares. A parte a questão da prioridade da descoberta, Scheiner sustentava erroneamente que as manchas consistiam de chamas de astros rodando em torno ao Sol, enquanto Galileu as considerava matéria fluida pertencente à superfície do próprio Sol e rodante em torno ao mesmo por causa da rotação da estrela.
Em 1611 foi convocado a Roma onde apresentou as suas descobertas ao Colégio Romano dos Jesuítas, onde se encontrava o futuro Papa Urbano VIII, de quem ficou amigo, e o cardeal Roberto Bellarmino, que reconhece as suas descobertas. No mesmo ano acede à Accademia dei Lincei.
Em março de 1614 completou os estudos sobre o método para determinar o peso do ar, calculando seu peso como mínimo, diferente porém de zero. O ar é de fato cerca de 760 vezes mais leve que a água, mas os estudiosos da época pensavam, sem nenhum apoio experimental, que o ar não tinha peso algum.
Entre 1613 e 1615 escreveu as famosas cartas copérnicas dirigidas a Benedetto Castelli, Pietro Dini e Cristina di Lorena. Nestas cartas, Galileu descreveu as suas idéias inovadoras, que geraram muito escândalo nos meios conservadores, e que circularam apesar de nunca terem sido publicadas, ficando assim uma divisão de apoiantes e de opositores nas duas principais universidades da Itália. As passagens mais polémicas são aquelas em que transcreve alguns passos das Escrituras que deviam ser interpretados à luz do sistema heliocêntrico, para o qual Galileu não tinha ainda provas científicas totalmente conclusivas. E este começou a ser o princípio de um problema futuro.

Em 1616, a Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) pronunciou-se sobre a Teoria Heliocêntrica declarando que a afirmação de que o Sol é o centro imóvel do Universo era herética e que a de que a terra se move estava "teologicamente" errada, contudo nada fora pronunciado a nível científico. O livro de Copérnico De revolutionibus orbium coelestium, entre outros sobre o mesmo tema, foi incluído no Index librorum prohibitorum (Índice dos livros proibidos). Foi proibido falar do heliocentrismo como realidade física, mas era permitido referir-se a este como hipótese matemática (de acordo com esta ideia o livro de Copérnico é retirado do Index passados quatro anos, com poucas alterações). Apesar de que nenhum dos livros de Galileu foi nesta altura incluído no Index, ele foi no entanto convocado a Roma para expor os seus novos argumentos. Teve assim a oportunidade de defender as suas ideias perante o Tribunal do Santo Ofício dirigido por Roberto Bellarmino, que decidiu não haver provas suficientes para concluir que a Terra se movia e que por isso admoestou Galileu a abandonar a defesa da teoria heliocêntrica excepto como ferramenta matemática conveniente para descrever o movimento dos corpos celestes. Tendo Galileu persistido em ir mais longe nas suas ideias, foi então proibido de divulgá-las ou ensiná-las.

Apesar das admoestações, encorajado pela entrada em funções em 1623 do novo Papa Urbano VIII, seu amigo e um espírito mais progressivo e mais interessado nas ciências do que o seu predecessor (que afinal nada teve directamente a ver com a sentença do tribunal), publicou nesse mesmo ano Il Saggiatore (O Analisador), dedicado ao novo Papa, para combater a física aristotélica e estabelecer a matemática como fundamento das ciências exactas. Nele coloca em causa muitas idéias de Aristóteles sobre movimento, entre elas a de que os corpos pesados caem mais rápido que os leves. Galileu defendeu que objetos leves e pesados caem com a mesma velocidade na ausência de atrito, diz-se que subiu à torre de Pisa e daí lançou objetos com vários pesos, mas essa história nunca foi confirmada. Este livro era também a reposta a uma polémica que mantinha com o jesuíta Orazio Grassi que defendia o modelo cosmológico de Tycho Brahe segundo o qual a Terra estava fixa no centro do Universo, mas os planetas e outros astros giravam em torno do Sol, que por sua vez girava em torno da Terra. Orazio Grassi defendia também que os cometas eram corpos celestes, o que é correcto, enquanto Galileu defendia erroneamente que eram produto da luz solar sobre o vapor atmosférico.

Constantinopla

Constantinopla

Constantinopla (em grego: Κωνσταντινούπολις, transliterado Konstantinoúpolis, "cidade de Constantino", em latim: Constantinopolis, em turco otomano formal: قسطنطينيه Kostantiniyye), atual Istambul, foi a capital do Império Romano (330–395), do Império Bizantino ou Império Romano do Oriente (395–1204 e 1261–1453), do Império Latino (1204–1261) e do Império Otomano (1453–1922). Estrategicamente localizada entre o Corno de Ouro e o Mar de Mármara no ponto em que a Europa encontra a Ásia, a Constantinopla Bizantina havia sido a capital da Cristandade, sucessora das antigas Grécia e Roma. No decorrer da Idade Média, Constantinopla foi a maior e mais rica cidade da Europa, só a China possuia cidades maiores e mais ricas.


O nome da cidade é uma referência ao imperador romano Constantino I que tornou esta cidade a capital do Império Romano em 11 de Maio do ano 330. Dependendo do contexto de seus governantes, teve diferentes nomes com frequência no decorrer do tempo; entre os mais comuns estão Bizâncio (Gr.:Βυζάντιον, Byzántion), Nova Roma (Gr.: Νέα Ῥώμη Néa Rhōmē), Constantinopla e Istambul. Ela foi também chamada de Tsargrad ("Cidade dos Imperadores") pelos eslavos, enquanto que para os vikings era conhecida como Miklagård, "a Grande Cidade", semelhante ao nome com que também era chamada pelos gregos: "a Cidade" (ἡ Πόλις, hē Pólis). Em 1930, mediante a Lei Turca de Serviço Postal, parte das reformas nacionais do governo de Atatürk, foi renomeada oficialmente como Istambul, que deriva da expressão "para a Cidade" ou "na Cidade" (em grego antigo εἰς τήν Πόλιν).

Após ser capturada pela Quarta Cruzada em 1204 e depois recapturada pelas forças de Niceia, sob o comando de Miguel VIII Paleólogo em 1261, Constantinopla e o Império bizantino foram tomados pelo Império Otomano a 29 de Maio de 1453 (artigo principal: A queda de Constantinopla). Nos tempos otomanos, ambos os nomes Constantinopla e Istambul foram usados, apesar de os ocidentais invariavelmente usarem o nome Constantinopla. Quando a República da Turquia foi fundada em 1923, a capital foi movida de Istambul para Ancara.



Quarta Cruzada

Quarta Cruzada

A Quarta Cruzada (1202-1204) foi denominada também de Cruzada Comercial, por ter sido desviada de seu intuito original pelo doge (duque) Enrico Dandolo, de Veneza, que levou os cristãos a saquear Zara (actual Zadar, na Croácia) e Constantinopla, onde foi fundado o Império Latino, fazendo com que o abismo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa se estabelecesse definitivamente. A quarta cruzada desviou-se tanto dos propósitos originais de libertar Jerusalém dos turcos otomanos que questiona-se se foi verdadeiramente uma cruzada.

A pregação e o organização
A partir de 1198, o Papa Inocêncio III começou a incitar a cristandade para empreender um novo esforço de cruzada, tendo tido bastante receptividade junto da nobreza europeia. O prestígio e capacidade de legislação e de organização eram apanágio deste papa, o que fazia recair sobre o seu pontificado uma enorme aura de confiança popular.
A Quarta Cruzada foi empreendida por Balduíno IX, Conde de Flandres, e por Bonifácio II, Marquês de Montferrant. O transporte dos exércitos fez-se a partir de Veneza e dos seus barcos, república comercial que então vivia numa tensão crescente com Constantinopla depois do massacre de mercadores daquela cidade italiana em 1182 devido aos privilégios comerciais que detinham. Se por um lado a pretensão papal desta cruzada apontava para a destruição do poderio muçulmano no Egito, por outro a tensão entre Veneza e os bizantinos acabaria por influenciar o decurso das operações militares, cujos objectivos se centravam cada vez mais em Constantinopla, devido à intenção veneziana de vingar o massacre dos seus mercadores. Além disso, o Egito mantinha boas relações a todos os níveis com Veneza.


As dificuldades financeiras e a tomada de Zara

Os cavaleiros cruzados, liderados por Bonifácio II de Montferrat e Balduíno IX da Flandres, estavam com dificuldades financeiras para pagar a os 85 mil marcos de ouro que Veneza pedia pela travessia dos barcos e exércitos para o Egito. Com suas tropas acampadas na ilha do Lido, em Veneza, à espera de uma solução para o pagamento da travessia, receberam uma proposta do doge (duque) veneziano Enrico Dandolo: em vez de resgatarem Jerusalém por uma incursão pelo Egito, como era o plano original, tomar, em troca de um adiantamento, a cidade de Zara (atual Zadar, na Croácia), que havia sido ocupada pelo rei da Hungria, um cristão. Esta cidade, efectivamente, veio a cair no poder das hostes cristãs em 1202, contra a vontade de Inocêncio III, que condenava veementemente a secularização da quarta cruzada e excomungou mesmo os líderes venezianos.


A situação política em Constantinopla

Chegaram notícias de Constantinopla de que o Imperador Isaac II fora derrubado pelo seu irmão Aleixo III e fora cegado. Ora o filho de Isaac II, de nome Aleixo IV, conseguira fugir e apelara aos cruzados para o ajudarem: em troca de o colocarem no trono prometia-lhes dinheiro e os recursos do império para a conquista de Jerusalém. Ainda hoje os historiadores discutem se as coisas se passaram assim ou se foi uma justificação para o que se iria suceder.


A tomada de Constantinopla

Em 1203, os cruzados tomam Constantinopla e coroam Aleixo IV como imperador bizantino, a par de seu pai, Isaac Ângelo. Inocêncio III aceita a situação, sonhando com a reaproximação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. Com novos impostos a ser lançados para pagar as promessas feitas aos cruzados, rapidamente a população ficou à beira da revolta.


Contudo, Aleixo foi assassinado pelos bizantinos, o que impele Veneza a tomar novamente o poder no Bósforo. Para tal, contaram com o apoio dos cruzados, que em Abril de 1204 assaltaram de novo Constantinopla, submetendo-a a três dias de massacres e pilhagens, dividindo depois os despojos. Estátuas, mosaicos, relíquias, riquezas acumuladas durante quase um milénio foram pilhadas ou destruídas durante os incêndios.

Apesar de enfraquecido, o império bizantino não desvaneceu, retomando a sua pujança em 1261, quando Miguel VIII Paleólogo toma o poder. Entretanto, os cruzados tinham estabelecido uma série de principados latinos na Grécia, como o ducado de Atenas.

A trégua assinada por Ricardo Coração de Leão em 1191 mantinha-se, apesar da despropositada e desastrosa quarta cruzada, em pleno século XIII, assegurando a manutenção dos estados latinos do Levante (Armênia, Jerusalém, Acre, Trípoli e Chipre) e dos próprios cruzados.

Sigfrid Karg-Elert

Sigfrid Karg-Elert (Oberndorf am Neckar, 21 de novembro de 1877 – Leipzig, 9 de abril de 1933) foi um compositor alemão de considerável fama no início do século XX, muito conhecido por seus lieder para coro, música de câmara e peças para piano, órgão e harmônio.

Biografia
Karg-Elert estudou música no Conservatório de Leipzig, onde também trabalhou a partir de 1919. Sua música foi influenciada pelos compositores Claude Debussy, Aleksandr Scriabin e Arnold Schoenberg. Seu instrumento preferido para compor era o Kunstharmonium, uma invenção francesa que lhe permitia usar uma vasta gama de sons diferentes.
Suas obras para órgão ficaram muito conhecidas principalmente nos Estados Unidos da América, Reino Unido e França. Porém, suas habilidades de execução eram pouco admiradas, inclusive sua turnê pelos Estados Unidos nos anos 1930 não foi bem recebida. Karg-Elert morreu em 1933 em Leipzig após um longo período de enfermidade e encontra-se enterrado nessa mesma cidade. A popularidade de suas composições, que esteve em declínio durante várias décadas, voltou a intensificar-se a partir do final dos anos 1970.

Obras
As principais composições de Sigfrid Karg-Elert são:

66 improvisações corais para órgão (incluindo uma de suas peças mais conhecidas, a marcha triunfal Nun danket alle Gott)
Vitrais de Catedral para órgão
33 estudos estilísticos para harmonium
30 caprichos para flauta
20 prelúdios corais e poslúdios
25 caprichos para saxofone
Os caprichos para flauta foram escritos especialmente para um amigo de Karg-Elert, um flautista convocado para a guerra. As peças foram feitas para desafiar as habilidades de seu amigo e, assim, mantê-lo entretido. Hoje em dia, as peças são usadas como forma de estudo para diversos flautistas iniciantes por todo o mundo.

Consultar obra de Sigfrid Karg-Elert

Francis Bacon (filósofo)

Francis Bacon, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de Abril de 1626) foi um político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio), visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna.
Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns.
Sucessivamente, durante o reinado de Jaime I, desempenhou as funções de procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), guarda do selo (1617) e grande chanceler (1618). Neste mesmo ano, foi nomeado barão de Verulam e em 1621, barão de Saint Alban. Também em 1621, Bacon foi acusado de corrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa, foi também proibido de exercer cargos públicos.
Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo, sendo muitas vezes chamado de "fundador da ciência moderna". Sua principal obra filosófica é o Novum Organum.
Francis Bacon foi um dos mais conhecidos e influentes rosacruzes e também um alquimista, tendo ocupado o posto mais elevado da Ordem Rosacruz, o de Imperator. Estudiosos apontam como sendo o real autor dos famosos manifestos rosacruzes, Fama Fraternitatis (1614), Confessio Fraternitatis (1615) e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz (1616).

Filosofia
O pensamento filosófico de Bacon representa a tentativa de realizar aquilo que ele mesmo chamou de Instauratio magna (Grande restauração). A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo do estado em que se encontrava a ciência da época, acabaria por apresentar um novo método que deveria superar e substituir o de Aristóteles. Esses tratados deveriam apresentar um modo específico de investigação dos factos, passando, a seguir, para a investigação das leis e retornavam para o mundo dos factos para nele promover as acções que se revelassem possíveis. Bacon desejava uma reforma completa do conhecimento. A tarefa era, obviamente, gigantesca e o filósofo produziu apenas certo número de tratados. Não obstante, a primeira parte da Instauratio foi concluída.
A reforma do conhecimento é justificada numa crítica à filosofia anterior (especialmente a Escolástica), considerada estéril por não apresentar nenhum resultado prático para a vida do homem. O conhecimento científico, para Bacon, tem por finalidade servir o homem e dar-lhe poder sobre a natureza. A ciência antiga, de origem aristotélica, também é criticada. Demócrito, contudo, era tido em alta conta por Bacon, que o considerava mais importante que Platão e Aristóteles.
A ciência deve restabelecer o imperium hominis (império do homem) sobre as coisas. A filosofia verdadeira não é apenas a ciência das coisas divinas e humanas. É também algo prático. Saber é poder. A mentalidade científica somente será alcançada através do expurgo de uma série de preconceitos por Bacon chamados ídolos. O conhecimento, o saber, é apenas um meio vigoroso e seguro de conquistar poder sobre a natureza.

Classificação das ciências
Preliminarmente, Bacon propõe a classificação das ciências em três grupos:

* Poesia ou ciência da imaginação;
* História ou ciência da memória;
* Filosofia ou ciência da razão.

A história é subdividida em natural e civil e a filosofia é subdividida em filosofia da natureza e em antropologia.

Ídolos
No que se refere ao Novum Organum, Bacon preocupou-se inicialmente com a análise de falsas noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de Bacon. Esses ídolos foram classificados em quatro grupos:

1) Idola Tribus (ídolos da tribo). Ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. São assim chamados porque são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana. Astrologia, alquimia e cabala são exemplos dessas generalizações;

2) Idola Specus (ídolos da caverna). Resultam da própria educação e da pressão dos costumes. Há, obviamente, uma alusão à alegoria da caverna platônica;

3) Idola Fori (ídolos da vida pública). Estes estão vinculados à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos;

4) Idola Theatri (ídolos da autoridade). Decorrem da irrestrita subordinação à autoridade (por exemplo, a de Aristóteles). Os sistemas filosóficos careciam de demonstração, eram pura invenção como as peças de teatro.

O método
O objetivo do método baconiano é constituir uma nova maneira de estudar os fenómenos naturais. Para Bacon, a descoberta de factos verdadeiros não depende do raciocínio silogístico aristotélico mas sim da observação e da experimentação regulada pelo raciocínio indutivo. O conhecimento verdadeiro é resultado da concordância e da variação dos fenómenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real dos fenómenos.
Para isso, no entanto, deve-se descrever de modo pormenorizado os factos observados para, em seguida, confrontá-los com três tábuas que disciplinarão o método indutivo: a tábua da presença (responsável pelo registro de presenças das formas que se investigam), a tábua de ausência (responsável pelo controle de situações nas quais as formas pesquisadas se revelam ausentes) e a tábua da comparação (responsável pelo registro das variações que as referidas formas manifestam). Com isso, seria possível eliminar causas que não se relacionam com o efeito ou com o fenómeno analisado e, pelo registo da presença e variações seria possível chegar à verdadeira causa de um fenómeno. Estas tábuas não apenas dão suporte ao método indutivo mas fazem uma distinção entre a experiência vaga (noções recolhidas ao acaso) e a experiência escriturada (observação metódica e passível de verificações empíricas). Mesmo que a indução fosse conhecida dos antigos, é com Bacon que ela ganha amplitude e eficácia.

O método, no entanto, possui pelo menos duas falhas importantes. Em primeiro lugar, Bacon não dá muito valor à hipótese. De acordo com seu método, a simples disposição ordenada dos dados nas três tábuas acabaria por levar à hipótese correta. Isso, contudo, raramente ocorre. Em segundo lugar, Bacon não imaginou a importância da dedução matemática para o avanço das ciências. A origem para isso, talvez, foi o facto de ter estudado em Cambridge, reduto platónico que costumava ligar a matemática ao uso que dela fizera Platão.

Obras
A produção intelectual de Bacon foi vasta e variada. De modo geral, pode ser dividida em três partes: jurídica, literária e filosófica.

Obras jurídicas
Figuram entre seus principais trabalhos jurídicos os seguintes títulos: The Elements of the common lawes of England (Elementos das leis comuns da Inglaterra), Cases of treason (Casos de traição), The Learned reading of Sir Francis Bacon upon the statute os uses (Douta leitura do código de costumes por Sir Francis Bacon).

Obras literárias
Sua obra literária fundamental são os Essays (Ensaios), publicados em 1597, 1612 e 1625 e cujo tema é familiar e prático. Alguns de seus ditos tornaram-se proverbiais e os Essays tornaram-se tão famosos quanto os de Montaigne. Outros opúsculos, no âmbito literário: Colours of good and evil (Estandartes do bem e do mal), De sapientia veterum (Da sabedoria dos antigos). No âmbito histórico destaca-se History of Henry VII (História de Henrique VII) .

Obras filosóficas
As obras filosóficas mais importantes de Bacon são Instauratio magna (Grande restauração) e Novum organum. Nesta última, Bacon apresenta e descreve seu método para as ciências. Este novo método deverá substituir o Organon aristotélico.



Seus escritos no âmbito filosófico podem ser agrupados do seguinte modo:
1) Escritos que faziam parte da Instauratio magna e que foram ou superados ou postos de lado, como: De interpretatione naturae (Da interpretação da natureza), Inquisitio de motu (Pesquisas sobre o movimento), Historia naturalis (História natural), onde tenta aplicar seu método pela primeira vez;
2) Escritos relacionados com a Instauratio magna, mas não incluídos em seu plano original. O escrito mais importante é New Atlantis (Nova Atlântida), onde Bacon apresenta uma concepção do Estado ideal regulado por ideias de caráter científico. Além deste, destacam-se Cogitationes de natura rerum (Reflexões sobre a natureza das coisas) e De fluxu et refluxu (Das marés);
3) Instauratio magna, onde Bacon procura desenvolver o seu pensamento filosófico-científico e que consta de seis partes: (a) Partitiones scientiarum (Classificação das ciências), sistematização do conjunto do saber humano, de acordo com as faculdades que o produzem; (b) Novum organum sive Indicia de interpretatione naturae (Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza), exposição do método indutivo, trabalho esse que reformula e repete o Novum organum; (c) Phaenomena universi sive Historia naturalis et experimentalis ad condendam philosophiam (Fenômenos do universo ou História natural e experimental para a fundamentação da filosofia), versa sobre a coleta de dados empíricos; (d) Scala intellectus, sive Filum labyrinthi (Escala do entendimento ou O Fio do labirinto), contém exemplos de investigação conduzida de acordo com o novo método; (e) Prodromi sive Antecipationes philosophiae secundae (Introdução ou Antecipações à filosofia segunda), onde faz considerações à margem do novo método, visando mostrar o avanço por ele permitido; (f) Philosophia secunda, sive Scientia activa (Filosofia segunda ou Ciência ativa), seria o resultado final, oragnizado em um sistema de axiomas.

Morte e legado de Bacon
Francis Bacon esteve envolvido com investigações naturais até o fim de sua vida, tentando realizar na prática seu método. No inverno de 1626 estava envolvido com experiências sobre o frio e a conservação. Desejava saber por quanto tempo o frio poderia preservar a carne. A idade havia debilitado a saúde do filósofo e ele acabou não resistindo ao rigoroso inverno daquele ano. Morreu em 9 de abril, vítima de uma bronquite.
Efectivamente, Bacon não realizou nenhum grande progresso nas ciências naturais. Mas foi ele quem primeiro esboçou uma metodologia racional para a actividade científica. Sua teoria dos idola antecipa, pelo menos potencialmente, a moderna Sociologia do Conhecimento. Foi um pioneiro no campo científico e um marco entre o homem da Idade Média e o homem moderno. Ademais, Bacon foi um escritor notável. Seus Essays são os primeiros modelos da prosa inglesa moderna. Há muitos que acreditam que tenha sido ele o verdadeiro autor das peças de Shakespeare, teoria surgida há séculos, na chamada Questão da autoria de Shakespeare.

Eduardo IV de Inglaterra

Eduardo IV de Inglaterra (28 de Abril de 1442 - 9 de Abril de 1483) foi um rei de Inglaterra da casa de York, que reinou entre 1461 e 1483, com um intervalo de alguns meses no período 1470-1471. Era filho de Ricardo, Duque de York e Cecília Neville, sendo trineto, através do bisavô Edmundo de Langley, do rei Eduardo III de Inglaterra.

Primeiros anos
Eduardo nasceu em Ruão (França), durante uma campanha da guerra dos cem anos. Talvez devido ao ambiente militar da época, o seu nascimento como primogénito do Duque de York não foi comemorado devidamente. Recentemente (num documentário da BBC) levantou-se a hipótese de Eduardo ser na realidade o produto de uma relação adúltera de Cecília Neville e portanto ilegítimo. Na época, no entanto, não se questionou a sua paternidade e Eduardo foi educado como o herdeiro do Duque de York.
Em 1455, o rei Henrique VI expulsou o pai de Eduardo da corte, numa tentativa de reaver o poder perdido durante a convalescência da sua depressão. Ricardo de York não estava disposto a largar a governação sem luta e iniciou a guerra das rosas contra a casa de Lancaster, o partido do rei. Depois de alguns sucessos iniciais, assistidos pelo general Richard Neville, Conde de Warwick, que incluíram a captura do próprio Henrique VI, em 1460 o Duque de York perdeu a batalha de Wakefield contra os exércitos comandados por Margarida de Anjou. A rainha consorte não lhe perdoou a traição contra o rei e ordenou a sua execução. Com o pai morto e a sua cabeça exposta nas muralhas de York, Eduardo tornou-se Duque de York com apenas dezoito anos.

A sua inexperiência foi largamente compensada por Richard Neville, o seu mentor, que viu nele as capacidades de um líder nato, capaz de substituir Henrique VI. Enquanto Margarida de Anjou fazia campanha no Norte, Warwick tomou Londres no ano seguinte, aprisionou Henrique VI na Torre de Londres e Eduardo tornou-se rei de Inglaterra.

Reinado
Eduardo mostrou-se um rei consensual e após a sua subida ao trono não houve ameaças imediatas ao seu poder. Ao contrário do seu antecessor, tinha ideias muito próprias quanto ao que fazer e não era facilmente influenciável. Nomeadamente na questão da escolha da sua mulher. Apesar dos conselhos de Warwick, que lhe diziam para encontrar a sua rainha numa casa europeia, ou, excluíndo essa hipótese, uma das suas filhas, Eduardo resolveu seguir os seus próprios desejos e casou em segredo em 1464. A escolhida era Isabel Woodville, uma viúva oriunda de uma família obscura, que de imediato saltou para a ribalta. Warwick teve dificuldade em engolir este revés, ainda para mais sabendo que perdia poder e influência a favor dos Woodville a cada dia que passava. Passado algum tempo revoltou-se e levantou um exército contra Eduardo e aprisioinou-o após a batalha de Edgecote Moor em 1469.
Warwick tornou-se então no senhor de Inglaterra em tudo menos na dignidade real. Mas a sua personalidade já lhe trouxera inimigos e a popularidade de Eduardo não lhe garantia sucesso. Em 1470 é obrigado a fugir para França e encontra refúgio em Margarida de Anjou, aí exilada desde 1461. Agora sogro de Eduardo de Westminster, o herdeiro de Henrique VI, Warwick retorna a Inglaterra e consegue derrotar os exércitos de Eduardo. Henrique VI é reposto no trono a 30 de Outubro e Eduardo é obrigado a fugir para a corte do cunhado Carlos, o Temerário, Duque da Borgonha.
Regressando a Inglaterra com o apoio de um exército borgonhês, Eduardo derrota o seu antigo aliado na batalha de Barnet em Abril de 1471 e em Maio destrói o resto das forças lancastrianas na batalha de Tewkesbury. Com Eduardo de Westminster morto e Margarida de Anjou aprisionada, apenas o frágil Henrique VI se mantinha como ameaça ao seu poderio. A situação foi resolvida com o assassinato discreto do antigo rei.
Nos anos seguintes, Eduardo encontrou problemas dentro da sua própria família, nomeadamente com os irmãos Jorge, Duque de Clarence e Ricardo, Duque de Gloucester, ambos casados com as duas filhas de Warwick. Após uma tentativa de traição em 1478, Eduardo mandou executar Clarence, diz a lenda que por afogamento dentro de um barril de vinho.
Eduardo morreu de repente em 1483 e encontra-se sepultado no Castelo de Windsor. A sua morte pôs fim a um período de paz relativa. O seu filho Eduardo V foi rapidamente deposto pelo tio Ricardo de Gloucester, cuja subida ao trono, em virtude da sua impopularidade, lançou o episódio final na guerra das rosas.

Descendência
De Isabel Woodville (1437-1492):
Isabel de York (1466-1503), rainha consorte de Henrique VII
Maria de York (1467–1482)
Cecília de York (1469–1507), casou com o Visconde Welles
Eduardo V, Rei de Inglaterra (1470-k.1483)
Margarida de York (1472–1472)
Ricardo, Duque de York (1473-k.1483)
Ana de York (1475-1511), casou com Thomas Howard, Duque de Norfolk
Jorge de York, Duque de Bedford (1477-1479)
Catarina de York (1479-1527), casou com William Courtenay, Conde de Devon
Brígida de York (1480–1517), freira.

Precedido por: Henrique VI
Sucedido por: Eduardo V

Papa Bento VIII (144.º Papa)

Descendente de Alberico I, conde de Túsculo que teve importante participação na eleição do Papa João X, o Papa Bento VIII foi eleito em 18 de maio de 1012.

 
Nasceu em Roma. Frente às dificuldades para eleger-se, pediu ajuda a Henrique II, que se fez coroar em Roma. Conseguiu afastar de Roma o inoportuno Crescêncio. Derrotou os sarracenos que estavam atacando o litoral da Itália.
Tornou obrigatório o celibato dos padres.Tentou controlar, através de leis, a simonia e o dolo. Morreu em 9 de abril de 1024.

Precedido por: Sérgio IV
Sucedido por: João XIX